O Movimento Negro Unificado (MNU) realiza um ato solene em comemoração aos 47 anos de sua fundação, no Salão Nobre e nas Escadarias do Theatro Municipal de São Paulo. A atividade marca quase meio século de resistência e luta do movimento que, desde a ditadura militar, denuncia o racismo e constrói caminhos de emancipação para o povo negro brasileiro.
A programação tem início às 18h com uma intervenção cultural do Slam Marginal e da Batalha do Quilombar, expressões poéticas e políticas das juventudes negras das periferias.

Às 19h, o MNU ocupa o Theatro, o mestre de cerimônias será Sidney Santiago, ator, pesquisador, militante e diretor de teatro brasileiro, que conduzirá uma roda de memórias, com o lançamento e apresentação de dois livros: “Movimento Negro Unificado: a resistência nas ruas”, com o militante José Adão, e “I Livro Griot do MNU: memórias de vida e lutas da idosidade negra”, com a autora Lenny Blue, ambos cofundadores do movimento.

A partir das 19h40, a coordenadora estadual do MNU-SP, Simone Nascimento, fará uma saudação política e convocará à fala fundadores e militantes históricos que marcaram a trajetória do MNU e que farão um voto simbólico no Plebiscito Popular, uma grande consulta nacional para ouvir o povo sobre trabalho, justiça e dignidade. 

O encerramento será com a leitura  do Manifesto “2025: ano da idosidade negra. Reparação, já” seguida da apresentação do Samba Mulheres Negras em Marcha, em referência ao #JulhoDasPretas, mês da mulher Negra latino americana e caribenha.

Em um dos espaços culturais mais simbólicos da cidade, o ato reafirma a presença negra nos centros históricos e na cena política de São Paulo, resgatando as origens do MNU em 1978 e projetando seu compromisso com a reparação histórica, com a defesa da população negra e com a construção de um futuro antirracista. Estarão presentes importantes autoridades, artistas e lideranças da sociedade civil organizada negra brasileira.