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Cantores do Coral Paulistano se apresentam num concerto

Concerto | Renascença Italiana II

Sinopse:

20h
quinta-feira 24/09/26
Espaço

Classificação
livre para todos os públicos

Duração aproximada
50 minutos

Ingressos
R$ 50,00 (inteira)

Maíra Ferreira, regência

Isabela Siscari, regência

Programa

GIOVANNI GABRIELI

Exaudi Domine a 16 vozes [6’]

RAFFAELLA ALEOTTI

Surge, propera amica mea [3’]

CARLO GESUALDO

Dolcissima mia vita [3’]

O dolorosa gioia [4’]

ORLANDO DI LASSO

Lagrime di San Pietro [8’]

  1. Il magnanimo Pietro
  2. Ma gli archi
  3. Tre volte haveva
  4. Quan a l’incontro

CLAUDIO MONTEVERDI

Ecco mormorar l’onde [4′]

GIOVANNI PIERLUIGI DA PALESTRINA

Motettorum…Liber quartus [11’]

Canticum canticorum, nº 26: Duo ubera tua 

Canticum canticorum, nº 27: Quam pulchra es 

Canticum canticorum, nº 28: Guttur tuum sicut vinum optimum

Canticum canticorum, nº 29: Veni, dilecte mi

MADDALENA CASULANA

Vagh’amorosi augelli [2’]

LUCA MARENZIO

Crudel perché mi fuggi [4’]

Cantiam la bella Clori [3’]

Sob a direção de Maíra Ferreira e Isabela Siscari, o Coral Paulistano apresenta uma imersão sonora pela riqueza, exuberância e refinamento da música vocal italiana dos séculos XVI e XVII. 

Giovanni Gabrieli, grande nome da escola veneziana de composição do período, transporta os ouvintes para o interior da Basílica de San Marco através da obra policoral Exaudi Domine, para 16 vozes. O som se transforma em espaço: a obra foi concebida para explorar a arquitetura monumental dessa igreja. 

Surge, Propera Amica Mea, de Raffaella Aleotti (1575-c.1640), e Vagh’Amorosi Augelli, de Maddalena Casulana (1544-1590), estão entre os pontos altos do concerto. Aleotti, compositora e religiosa do final do Renascimento, é representada por uma peça de notável lirismo extraída do Cântico dos Cânticos. Já Casulana marcou a história ao tornar-se a primeira mulher no Ocidente a publicar um livro inteiramente dedicado às suas composições.

As duas peças de Carlo Gesualdo (c.1561-1613) presentes no programa – Dolcissima Mia Vita e O Dolorosa Gioia – expõem a ousadia harmônica que marca a escrita do compositor. Publicadas no Quinto Livro de Madrigais (1611), ambas exploram contrastes abruptos, cromatismos e gestos dramáticos, refletindo os conflitos emocionais que permeiam seus textos.

Obra-prima de Orlando di Lasso (c.1532-1594), Lagrime di San Pietro é um ciclo para sete vozes a cappella, composto nos últimos anos de vida do autor. Com textos de Luigi Tansillo, é considerada o seu “testamento artístico”, destacando-se pela riqueza contrapontística e pela sofisticação na relação entre palavra e música.

Símbolo da polifonia sacra da Renascença, Giovanni Pierluigi da Palestrina (c.1525-1594) ocupa posição central na história da música do Ocidente. Motettorum… Liber Quartus, publicado em 1584, reúne motetos que exemplificam a escrita contrapontística característica de seu estilo maduro. Nessas peças, Palestrina atinge um notável equilíbrio entre expressão espiritual e rigor formal, criando texturas vocais em que cada voz é tratada com igual importância.

Entre os grandes nomes do madrigal renascentista, Claudio Monteverdi (1567-1643) e Luca Marenzio (c.1553-1599) ocupam lugares centrais – o primeiro como figura de transição rumo ao barroco e o segundo como expoente do refinamento poético-musical do final do século XVI. Em Marenzio, sobressaem-se o lirismo melódico e a sofisticada relação entre palavra e música, que o consagraram como modelo para toda uma geração de compositores, incluindo o próprio Monteverdi.

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