Classificação
a ser anunciada
Duração aproximada
a ser anunciada
Ingressos
R$ 100,00 (inteira)
O espetáculo apresentará duas novas criações coreográficas, especialmente para o Balé da Cidade, sendo uma obra assinada por Andrea Peña, e a outra de Michelle Moura.
Andrea Peña é uma artista multidisciplinar, nascida na Colômbia e radicada em Montreal, que articula coreografia, design e arte instalativa. Fundadora e diretora artística da Andrea Peña & Artists (2014), desenvolve uma prática que investiga interseções entre corpos, materialidades e singularidades em contextos performativos, marcada por sua herança indígena e formação em design industrial e moda. Suas criações constroem ambientes imersivos que exploram vulnerabilidade, resiliência e transformação, promovendo um espaço colaborativo e de pesquisa que reúne dançarinos e designers em obras que rompem estéticas tradicionais, incorporam hibridez e fazem do palco um território de imaginação radical.
Ao longo de sua trajetória, recebeu diversos reconhecimentos, entre eles o Ballet BC Choreographer Award (2024), a primeira coprodução coreográfica internacional da Bienal de Veneza para artistas com menos de 35 anos (2019), o Clifford E. Lee Choreography Award do Banff Centre (2018) e o Hong Kong International Choreography Award (2018). Apresentou trabalhos em importantes palcos e festivais ao redor do mundo, como Sadler’s Wells (Londres), MilanoOltre (Itália), Rum for Danse (Suécia), Baerum Kulturhus (Noruega), National Arts Center (Canadá), Mattress Factory Museum (EUA), TANZ Bremen, Tanzmesse Düsseldorf e Theater Freiburg (Alemanha), Performing Arts Meeting (Japão), Bienal Attakkalari (Índia), Festival Internacional de Danza da Cidade do México, Festival PRISMA (Panamá), AADK Spain, Ionion Center (Grécia) e Musée d’art contemporain de Montréal, entre outros.
As coreografias de Michelle Moura se fazem a partir da manipulação de expressividades e intensidades, num acúmulo visceral-minimalista de gestos, sons e significados. Seu trabalho busca produzir comportamentos psicofísicos que dão a ver aspectos energéticos e emocionais do corpo. O grotesco lhe interessa especialmente por deslocar representações ligadas à ideia de feminino e humano. É assim que, em suas obras, dá espaço a uma performatividade do “estranho”. Um estranhamento que também se faz presente na composição coreográfica: repetições e distorções geram vertigens formais, em que gestos mínimos são testados até o seu limite. O estranho se instaura assim como lugar de contaminações e encontros impuros, zona de interrogação para os sentidos.
Bailarina e coreógrafa brasileira radicada em Berlim, Michelle Moura tem explorado, em seus trabalhos dos últimos 12 anos, mudanças psicofísicas propondo experiências particulares para o corpo, como: não piscar (BLINK), falar sem mover a boca (Overtongue), hiperventilar (FOLE). Em Overtongue (2021) e Lessons for Cadavers (2023), ela se debruçou sobre a artificialidade e a dissociação de elementos, manipulando movimento, expressão, som e linguagem. Seus trabalhos foram apresentados em teatros e festivais de dança como Tanz im August (Alemanha), Sophiensaele (Alemanha), Bienal de Veneza (Itália) e Panorama (Brasil).
Michelle Moura começou sua formação em dança na Universidade Estadual do Paraná (Unespar), continuou no CNDC d’Angers (França) e Das Choreography (Holanda). Juntamente com sete artistas curitibanos, foi co-fundadora e membro da Minicomunidade Artística Mundial Couve-Flor (2005-2012). Seu solo Overtongue foi uma das 13 produções convidadas para o Tanzplattform Deutschland 2022. Em 2025, criou tão carne tão quanto pedra, com estreia no Theatro Municipal de São Paulo.