Classificação
Não recomendado para menores de 12 anos – Pode conter histórias com agressão física, insinuação de consumo de drogas e insinuação leve de sexo.
Duração aproximada
60 minutos
Ingressos
R$30,00 (inteira)
Local: Central Técnica Chico Giacchieri.
Endereço: Rua Paschoal Ranieri, 75. Canindé, São Paulo/SP. (Estação próxima: metrô Armênia )
Catarina Milani e Victor Nóvoa, idealização e realização
Catarina Milani, direção de produção
Yara de Novaes, direção
Ivy Souza, diretora assistente
Victor Nóvoa, dramaturgia
Salloma Salomão, colaboração dramatúrgica
Cleide Queiroz e Plínio Soares, elenco
Marisa Bentivegna, iluminação
André Cortez, cenário
Carol Bucek, assistente de cenografia
Fábio Namatame, figurino
Raul Teixeira, direção musical
Ana Vitória Bella, preparação corporal
Lilian de Lima, preparação vocal
Julia Rufino, direção audiovisual
Paula Praia, assistente de produção
Cuíca Comunicação e Design, design e comunicação
Adriana Balsaneli, assessoria de imprensa
Noelia Nájer, registro fotográfico
O espetáculo traz uma mulher e um homem, ambos por volta dos 80 anos, que já perderam todos os seus entes queridos. Suas referências de mundo já não existem e eles têm apenas um ao outro, e assim experimentam suas relações afetivas e amorosas que por muitas vezes são conflituosas. Ao se aprofundarem nas memórias íntimas que configuram seus passados, abre-se um contexto social que aponta diversas formas de violência que uma sociedade capitalista baseada na lógica hegemônica da eficiência e desempenho faz ao corpo envelhecido. Ela, uma costureira que trabalhava com produções teatrais. Ele um ajudante de cozinha. Os dois perderam seus trabalhos porque as mãos tremem demais e, por isso, se tornaram obsoletos para seus empregadores. A costureira e o ajudante de cozinha sofrem mais um processo de despejo e, para tentar evitar, a costureira veste o figurino guardado de Ruth de Souza, do espetáculo O Imperador Jones, que fez junto com Abdias Nascimento, e juntos invadem um teatro, interrompendo o espetáculo para cobrarem a dívida que o produtor tinha com ela.
Mãos Trêmulas tem dramaturgia de Victor Nóvoa e direção de Yara de Novaes, premiada pela II Edição do Prêmio Dramaturgias em Processo do TUSP.
O projeto, contemplado pela 15ª edição do Prêmio Zé Renato, parte do desejo do dramaturgo Victor Nóvoa em escrever sobre relatos de idosos e idosas operárias e periféricas, a grande maioria acima dos 75 anos, resgatando a biografia desses sujeitos históricos e traçando a história de um Brasil que esquece de seus velhos pobres e comete uma das grandes violências que se pode realizar com o ser humano: a espoliação de sua lembrança.
Para abordar toda a complexidade sobre o etarismo com recortes de classe, raça e gênero, no elenco estão: Plínio Soares, ator com 68 anos que já trabalhou com os/as grandes diretores/as de teatro, cinema e televisão do Brasil; e Cleide Queiroz, atriz com 82 anos, que fez a primeira Joana negra na peça Gota d ́agua, e participou ao lado de Paulo Autran, em 1969, da histórica montagem de Morte e Vida Severina.
Programação que integra o projeto Teatro no Theatro.