Theatro Municipal
20/12/2020 • 11h
[Theatro Municipal de São Paulo – Sala de Espetáculos]
Programa Especial de Natal
Concerto Presencial, aberto ao público
Transmissão Ao Vivo pelo Youtube do Theatro Municipal
Coro Lírico
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
Laryssa Alvarazi, soprano
Keila de Moraes, mezzo soprano
Magda Painno, contralto
Miguel Geraldi, tenor
Leonardo Pace, baixo
Sergio Wernec, regência
Programa
CAMILLE SAINT-SAËNS
Oratório de Natal, Op. 12 (35′)
Canto Tradicional de Natal (arr. Mário Zaccaro): Adeste Fideles (3′)
FRANZ GRUBER
Noite Feliz (arr. Mário Zaccaro) (4′)
GEORG FRIEDRICH HAENDEL
Hallelujah (4′)
Classificação etária Livre
Para assistir à transmissão: acesso gratuito no YouTube, https://www.youtube.com/theatromunicipalsp
Confira o programa de sala completo aqui.
Ingressos R$20 e R$10 (meia)
Em prevenção a transmissão do COVID-19, para assistir a este espetáculo, é necessário seguir os protocolos de segurança estipulados em nosso Manual do Espectador (acesse aqui).
Programação sujeita a alteração
Nota de programa
O francês Camille Saint-Saëns (1835-1921) foi um dos compositores mais importantes de seu tempo. Escreveu o Oratório op.12 para ser tocado no Natal de 1858 em La Madeleine, igreja da qual era o organista.
Tal como a ópera, o oratório é um drama musical, mas difere desta por não ter atuação, cenário ou figurino, além de basear-se em assunto religioso. Oratórios podem ter um enredo mais específico ou serem mais contemplativos, como é o caso da obra de Saint-Saëns. Escrito para cinco solistas vocais, coro, harpa, cordas e órgão, o Oratório de Natal abre com um prelúdio no estilo de Bach, que dá o clima pastoral presente em toda a obra. Nos movimentos restantes, os solistas se revezam em diferentes personagens, como o narrador ou o anjo que anuncia o nascimento do menino Jesus. O coro final é um hino de louvor a toda a criação.
Além do Oratório de Saint-Saëns, o concerto do dia 20 tem em seu repertório cantos tradicionais de Natal: Adeste Fidelis, Noite Feliz e Aleluia, este o trecho mais conhecido de outro oratório: O Messias, de Haendel, justamente o tema do programa seguinte, no dia 23.
No século XVIII, Haendel (1685-1759) era tão conhecido em Londres quanto um pop star do mundo da música atual. Natural de uma pequena cidade saxã, trabalhou em cortes e teatros italianos até que uma oportunidade profissional o levou a Inglaterra. Lá, deu vazão a seu tino comercial, atuando também como empresário. Só na década de 1720 estreou cerca de 40 óperas, mas logo o gênero começa a perder o favoritismo do público inglês. Haendel estava à beira da falência quando migrou da ópera para o oratório – um gênero que não implicava custos de produção tão altos e que caiu no gosto do público.
São estes os caminhos que levam ao Messias, seu sexto e mais importante oratório. O libreto em inglês de Charles Jennens trata de três momentos da vida de Cristo: nascimento, Paixão e Redenção. O Messias estreou em 1742 e, depois de uma receptividade modesta, foi ganhando popularidade até se tornar um dos trabalhos corais mais realizados de todo o repertório.
Camila Fresca